O mês com as temperaturas mais baixas do ano está chegando ao fim e em setembro começa a primavera, quando os termômetros costumam subir. Ainda que o inverno de Jundiaí tenha tido poucos dias de frio, em agosto as baixas foram significativas e o acolhimento de pessoas em situação de rua se faz necessário, para evitar problemas e até óbitos por hipotermia. Neste mês, em 10 dias de Operação Noites Frias, foram feitos 207 acolhimentos, média de 20 pessoas por noite, o que representa apenas uma fração do total de pessoas nessas condições na cidade.
O número é informado pela Unidade de Gestão de Assistência e Desenvolvimento Social (Ugads), que ressalta que uma pessoa pode ter sido acolhida mais de uma vez. A busca ativa dessas pessoas é feita pelo Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS), em conjunto com uma equipe do Centro POP. Os animais de estimação das pessoas em situação de rua são recebidos no abrigo junto de seus tutores.
Ainda segundo a Ugads, a Operação Noites Frias é executada sempre que a previsão das temperaturas é igual ou inferior a 13°C, atuando na preservação da vida das pessoas em situação de rua através da oferta de acolhimento em abrigo e, para os que recusam, há distribuição de itens como garrafas d’agua, luvas, meias, gorros e cobertores.
Durante a Operação Noites Frias neste mês, houve a necessidade de aumento no número de vagas na Casa de Passagem em Jundiaí. Ainda assim, os acolhimentos não são aceitos pela absoluta maioira das pessoas que estão em situação de rua na cidade, seja as que estão de passagem ou que já estão há anos na cidade.
De acordo com um levantamento feito pela Prefeitura de Jundiaí, cerca de 250 estão em situação de rua na cidade. O número parece baixo, mas a estimativa leva em conta apenas pessoas que não têm, de fato, um teto, pois muitas pessoas em Jundiaí, sobretudo dependentes químicos, possuem residência, mas passam boa parte do dia fora de casa.
