Nesta terça-feira (29) é lembrado o Dia Mundial do AVC, que tem como objetivo aumentar a conscientização sobre os sinais e as formas de prevenção do Acidente Vascular Cerebral (AVC), uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo. “Datas de conscientização como o Dia Mundial do AVC são importantes para alertar a população, principalmente as pessoas que têm dificuldade de acesso à saúde. Falar sobre isso é uma maneira de informar e engajar a sociedade, virando os holofotes para problemas que, como o AVC, podem passar despercebidos no dia a dia”, afirma a médica especializada em clínica médica e coordenadora do Pronto Socorro Adulto do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo, Dra. Leticia Surian Battaglini.
“O AVC ocorre quando o fluxo de sangue para uma parte do cérebro é interrompido, seja por conta de um trombo de gordura ou um coágulo. Essa região do cérebro fica sem receber aporte sanguíneo adequado, e o resultado disso é que essa parte do cérebro deixa de executar suas funções”, explica a médica do HSV.
Existem dois tipos de Acidente Vascular Cerebral (AVC): isquêmico e hemorrágico. O AVC isquêmico ocorre quando se forma um bloqueio em uma artéria que leva sangue ao cérebro, causando a morte das células cerebrais. Trata-se do tipo mais comum. Já o AVC hemorrágico ocorre quando um vaso sanguíneo no cérebro se rompe e causa sangramento. É o tipo menos comum e tende a ser a forma mais grave da doença.
Entre os principais sintomas estão a dificuldade para falar, fraqueza, dormência ou paralisia repentina de um dos lados do corpo e o desvio de rima, ou seja, o desvio involuntário de um dos lados da boca. Outros sintomas menos comuns são tontura, sonolência e sensação de formigamento pelo corpo. “A partir do início dos sintomas, é importante estar dentro de um hospital em, no máximo, quatro horas. O ideal é buscar atendimento médico o quanto antes para que o paciente seja medicado, diminuindo as chances de sequelas. Nesses casos de socorro imediato, deve-se acionar o SAMU pelo telefone 192, o Corpo de Bombeiros pelo número 193 ou, ainda, a própria família pode levar o paciente até o hospital”, orienta Dra. Leticia.
Dra. Leticia reforça a importância da alimentação balanceada e do exercício físico
As sequelas mais comuns são as que afetam o sistema motor. Após o AVC, o paciente pode ficar acamado ou ter dificuldade para andar, dificuldade para se alimentar (sendo necessário uso de sonda), além de apresentar confusão mental. “Em casos graves, o AVC pode levar à morte. Por isso, o socorro imediato é essencial”, aponta a médica.
Prevenção
A alimentação balanceada e a prática de exercícios físicos são os primeiros passos para prevenir o AVC. “Tratar doenças que são fatores de risco, como hipertensão, diabetes e colesterol alto é muito importante. Além disso, deve-se evitar o tabagismo, outro grande fator de risco para o AVC”, orienta Dra. Leticia.