Jundiaí soma mais de 123 mil ações contra a dengue

A dengue não acabou. Basta um recipiente com água parada para o mosquito Aedes aegypti se proliferar e a cidade registrar mais casos da doença para somar aos mais de 22,7 mil deste ano. 

Desde janeiro, a Vigilância em Saúde Ambiental, vinculada à Unidade de Gestão de Promoção da Saúde, realizou cerca de 123 mil ações. Foram mais de 83,4 mil imóveis visitados para a verificação de possíveis criadouros do mosquito e orientação à população; em torno de 37,5 investigações epidemiológicas de casos suspeitos de dengue; e aproximadamente 2,2 mil vistorias motivadas por meio do canal 156. Também de maneira rotineira, foram promovidas atividades educacionais, além da vigilância aos pontos estratégicos, como cemitérios, ferros-velhos, borracharias e floriculturas, e divulgações na mídia para conscientização dos munícipes.

“Em toda a cidade, seguimos com as medidas preconizadas intensificadas. Jundiaí teve, neste ano, o pior cenário, com número expressivo de casos e o registro de 16 óbitos. Como é sabido, as chuvas e as temperaturas acima de 24 graus favorecem a reprodução do mosquito, sendo fundamental a eliminação das estruturas que possam acumular água. A dengue e as demais arboviroses – zika e chikungunya – são doenças preveníveis, por isso, não podemos baixar a guarda. O momento é esse, pois os criadouros estão com água”, informa a gerente da Visam, biomédica Ana Lúcia de Castro Silva.

Levantamento
Em Jundiaí, levantamento realizado em outubro aponta que 90% dos criadouros do Aedes aegypti continuam nos quintais, e o prato de vaso é o principal deles, seguido por inservíveis como lata, lona, garrafas e lixos.

Já os bairros Jardim Tamoio, Santa Gertrudes, Jardim do Lago, Ivoturucaia, Vila Rami, Agapeama, Jardim Tulipas, Vila Hortolândia, Vila Ruy Barbosa e Vila Nambi continuam sendo os de riscos para novos casos de dengue.

“Apesar das ações, os criadouros seguem na casa das pessoas, teremos um cenário semelhante ao registrado durante a epidemia, com centenas de pessoas infectadas e internadas, se não compartilharmos a responsabilidade. O poder público está atuando, mas a população precisa adotar uma atitude proativa, cuidando de seus imóveis e descartando corretamente o lixo. Reiteramos que se o mosquito não nasce, não temos as arboviroses”, enfatiza o gestor de Promoção da Saúde, Tiago Texera.

Checklist
Para auxiliar na eliminação dos criadouros no imóveis, um checklist está disponível no site da Prefeitura. A orientação é que sejam verificados:

 – Lixo: não deixe lixo espalhado no quintal e descarte nos dias corretos;
 – Plantas: tire os pratinhos do vaso;
 – Vasos sanitários: tampa sempre fechada. Em banheiros com pouco uso, dar descarga pelo menos uma vez por semana;
 – Garrafas: devem estar em local coberto ou com as bocas viradas para baixo;
 – Calhas: limpas. Mantenha-as sempre sem folhas e materiais que impeçam a passagem da água;
 – Vasilhas para animais: lavar duas vezes por semana com água e sabão;
 – Ralos: tampados com telas ou vedados (principalmente os que estão fora de uso);
 – Piscinas: sempre limpas, mesmo se uso. Use cloro para tratar a água e filtre periodicamente;
 – Caixa d’água: mantenha fechada e vedada;
 – Pneus: devem ser guardados em locais cobertos e descartados de maneira correta;
 – Lonas: não deixe lonas jogadas formando bolsões de água.

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