Amanhã (12), além de ser o feriado do Dia de Nossa Senhora Aparecida, é comemorado o Dia das Crianças, data que remete aos brinquedos, presente comum para a garotada. Mas nem tudo é brinquedo e nem todos os brinquedos são adequados para qualquer faixa etária. Prestar atenção nisso pode garantir mais segurança à criançada, como explica a psicóloga e psicopedagoga Patrícia Nivoloni.
“Para as compras do Dia das Crianças, a dica é sempre observar se o brinquedo está condizente com a idade da criança, visando o melhor aproveitamento e segurança, pois, por exemplo, brinquedos com peças pequenas são muito perigosos para as crianças mais novas. Outra dica é dar brinquedos e jogos que possam proporcionar interação com outras crianças e também com a família, para que possam explorar sua criatividade, raciocínio e sociabilidade”, explica.
Pedido muito comum das crianças, os celulares e tablets, tidos como brinquedos por causa dos joguinhos, exigem cautela. “Com o excesso de uso de celular, tablet e computador, muitas vezes as crianças interagem com os jogos de forma muito solitária. Mas elas precisam de mais experiências sociais, onde possam desfrutar mais da atenção e comunicação com os pais e amigos.”
Para Patrícia, nem sempre há necessidade de haver um brinquedo de presente, pois uma programação em família ou entre amigos também é positiva para os pequenos. “A melhor dica é dar de presente para as crianças a presença, o amor, o carinho e a atenção, para que elas possam construir memórias e potencializar o vínculo com seus amigos e familiares, para tecerem suas histórias de forma alegre e com muito amor.”
Para segurança
De acordo com orientações do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), é necessário conciliar o desejo das crianças e a segurança.
- Para bebês de colo e que engatinham: segundo o Inmetro, brinquedos são importantes para bebês desde o nascimento, pois estimulam os sentidos. Os bebês aprendem com seus brinquedos noções de tamanho, forma, som, textura e como funcionam as coisas.
- Para bebês menores de 18 meses: o órgão orienta a oferta de brinquedos vistosos e leves, de várias texturas, que estimulam os sentidos da visão, da audição e do tato, como um móbile de berço, um chocalho ou uma pelúcia atóxica, mas é importante que não tenham peças pequenas ou pontas.
- Para crianças de 18 meses a três anos: a orientação é para brinquedos que ativem o movimento corporal, como carrinhos grandes, bolas, fantasias e brinquedos que imitem o mundo adulto, como os de utensílios e eletrodomésticos. Os brinquedos de instrumentos musicais também são uma boa opção.
- Para crianças de três a seis anos: as brincadeiras de faz-de-conta surgem, então podem ser opções bonecas, fazendinhas e lojinhas com dinheiro de brinquedo. Caminhões, aviões, carros, tratores e brinquedos usados ao ar livre, como a primeira bicicleta com rodinhas são apropriados. Nessa faixa etária, os jogos também são boas opções.
- Para crianças de seis a nove anos: o Inmetro lembra que nessa idade são opções importantes os jogos de tabuleiro, bonecas e bonecos que desempenham uma função, como em suas profissões. Os trabalhos manuais e brinquedos de mobilidade, como patins e patinetes também são recomendados. Nessa faixa etária já é possível introduzir brinquedos eletrônicos e videogames educativos.
- Para crianças de nove a doze anos: jogos de construção, de experimentos científicos e kits de mágica, por exemplo, ajudam a criança a desenvolver habilidades e gostos. Esportes, jogos de cartas, de tabuleiro e eletrônicos e videogames também são boas opções. Instrumentos musicais, pintura e escultura também despertam o interesse das crianças e ajudam no desenvolvimento artístico.