(Por Yasmin Dorti)
Nesta sexta-feira (14), é comemorado o Dia Mundial do Café. Paixão nacional, as cafeterias locais inovam com o latte art, os famosos desenhos no café.
O proprietário de uma cafeteria no Centro de Jundiaí, Jeferson Luiz, de 37 anos, conta que, apesar da latte art não ser uma especialidade do local, eles realizam esse trabalho. “A procura por esse tipo de café não é tão grande, até porque não somos especializados. O mais comum que desenhamos são tulipas e corações, é o que mais sabemos fazer”, explicou Jeferson.
Gabriel Cerqueira Malteze, de 19 anos, mora no Jardim Shangai mas é barista em uma cafeteria em São Paulo. “Esse desenho no café é conhecido como latte art por ser a base de leite. Os desenhos podem ser feitos em cappuccinos, lattes, flat whites ou qualquer tipo de bebida a base de café. O que muda entre eles é o tipo de vaporização do leite, que é a técnica mais difícil e primordial para ser feito a latte art. O café que mais usamos é o expresso por ser o mais denso, então o leite não some com o sabor do expresso”, contou Gabriel
“A arte mais comum que fazemos é a tulipa e os corações, mas também fazemos cisnes, coelhos, ursos e até rostos. Basta só uma boa técnica na jogada do leite, que fazemos com uma pitcher, uma espécie de leiterinha. A latte art em si é mais um agrado para o cliente, é a prova de que você vaporizou bem o leite, que o barista que fez o seu café está bem equilibrado. As pessoas procuram mais pelo drink, a arte apenas as surpreende e isso que é legal, porque o cliente acaba gostando e pode tirar fotos, o que promove o estabelecimento”, ressaltou.
Além disso, Gabriel explica que existem competições entre os baristas na categoria latte art. “Hoje em dia, principalmente em São Paulo, temos campeonatos de latte art. Eu acho bem legal, porque colocam os baristas para competirem entre si para ver quem faz o desenho mais legal e mais constante. Então os juízes escolhem uma arte entre as clássicas e você tem que replicar a mesma arte que está na foto”, ressaltou.
A técnica também pode ser dominada em casa. A gestora de atendimento ao cliente, Edinalva Paranhos Ferreira dos Santos, mora em Santos, mas tem familiares em Jundiaí e, com a pandemia, resolveu aprender a técnica. “Comecei a aprender a técnica através de vídeos disponibilizados na internet. Eu nunca tinha me imaginado fazendo desenhos no café até que veio a pandemia e então a curiosidade foi despertada. Me ajudou a lidar com a ansiedade do momento. Faço o café para os meus amigos e eles amam”, explicou Edinalva.
