O Dia dos Pais, comemorado ontem (11), foi uma data sem sentido para muitas pessoas. De acordo com dados do portal da Transparência do Registro Civil, que reúne dadaos de cartórios de todo o Brasil, Jundiaí teve, desde 2016, 2.104 crianças registradas sem o nome do pai na certidão de nascimento, das 76.068 nascidas no período. No mesmo recorte, apenas 799 reconhecimentos de paternidade foram feitos na cidade.
Ainda que a porcentagem de crianças sem o nome paterno na certidão de nascimento seja bem menor em Jundiaí no período (2,7%), se comparado ao índice nacional (5,5%), houve aumento. Em 2016, 2,2% dos bebês nascidos na cidade não tiveram o nome do pai na certidão. Já no ano passado, esse número subiu para 3,4%.
A fim de minimizar essa defasagem, mutirões de reconhecimento de paternidade são promovidos por diversas entidades, como a Defensoria Pública e a Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo. Na Defensoria Pública do estado, inclusive, há um mutirão acontecendo até o dia 17 deste mês. O reconhecimento da paternidade é um direito de todas as crianças e mães que desejam solicitar a investigação de paternidade também podem procurar a Defensoria Pública durante todo o ano. Caso o reconhecimento não seja espontâneo, são coletadas amostras de DNA para análise e comprovação.
Ano a ano
Em 2016, foram 207 crianças sem o pai no registro, ante a 86 reconhecimentos de paternidade na cidade. Em 2017, foram 253 crianças sem o nome do progenitor, e houve 83 reconhecimentos. Já em 2018, foram 255 crianças sem o nome do pai, e 151 reconhecimentos, o maior número dos últimos anos. Em 2019, foram 119 reconhecimentos e 237 crianças sem o registro paterno. Em 2020, 261 crianças não tiveram o pai na certidão de nascimento e 88 tiveram a posterior inclusão. 224 bebês nascidos em 2021 ficaram sem o registro do pai e 98 tiveram a inclusão. 65 reconhecimentos foram feitos em 2022, mas 214 crianças registradas no ano não contaram com o nome do pai na certidão. No ano passado, 289 crianças não foram registradas pelos pais e 72 tiveram posterior reconhecimento. Já neste ano, até hoje (12), foram 164 crianças sem o nome do pai no registro, ante a 37 reconhecimentos.