A sexta-feira (23) foi um dia crítico para o estado de São Paulo, sobretudo para as regiões de Ribeirão Preto e Araraquara. Grandes incêndios em canaviais fizeram com que o dia virasse noite. O ar seco, os fortes ventos e a ação criminosa de pessoas fizeram com que o fogaréu se espalhasse, com muita fumaça e danos ao meio ambiente e à saúde da população. Em Jundiaí, embora o número de incêndios tenha representado uma prcentagem mínima do verificado no estado, foram 20 focos pela cidade na sexta, como apontam os dados de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Sobretudo à tarde e à noite, Jundiaí teve “chuva” de fuligem em vários bairros. Na sexta à noite, de acordo com dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a concentração de MP 2.5 e MP 10, que são partículas de fuligem, esteve acima da ideal durante todo o dia. Em específico a MP 2.5, que é a partícula menor, apresentou índice “ruim” entre 20h e 0h. A situação ficou mais amena com a chuva que chegou ao município e perdurou pelo fim de semana.
A Defesa Civil de Jundiaí informa que manteve equipe ativa em apoio ao Corpo de Bombeiros em combate nas regiões em que estavam tendo queimadas, como no Fazenda Grande, com grandes incêndios, bastante produção de fumaça e comprometimento de visibilidade de vias. A chuva, que melhorou a qualidade do ar, não deve continuar. Hoje (26), terça (27) e quarta-feira (28), as temperaturas serão amenas. A partir de quinta-feira (29), voltará a situação de altas temperaturas, na tarde e no final da tarde. A Defesa Civil diz ainda que se prepara em vista do plano de contingência da Operação Estiagem, que está ativo, em pleno vigor, envolvendo todas as unidades da prefeitura, Corpo de Bombeiros, a Divisão Florestal da Guarda Municipal e também concessionárias de rodovias da região.
O Corpo de Bombeiros também foi procurado pelo JJ, mas não respondeu até o fechamento desta matéria. Havendo resposta, ela será colocada no texto.
Caos
O governo estadual montou um gabinete de crise e posto avançado em Ribeirão Preto para monitoramento e combate às queimadas que atingiram o estado nos últimos dias. De acordo com dados do Inpe, este foi o agosto com mais focos de incêndio em São Paulo desde 1998, quando começa a série histórica de monitoramento. Foram quase 2 mil focos só na sexta, segundo dados do Inpe.
Desde que o fogo começou, na sexta (23), duas pessoas morreram nos combates e mais de 800 precisaram sair de casa por causa do risco das chamas e também pela fumaça. O governador Tarcísio de Freitas confirmou que duas pessoas suspeitas de atuar em incêndios criminosos no interior do estado foram presas. O Governo Federal também vai investigar a possibilidade de incêndios criminososm, junto à Polícia Federal, em São Paulo, no Pantanal e na Amazônia.
