Desde o ano passado, que também foi atipicamente quente, o Brasil vem tendo consumo recorde de energia. Neste indicador, a realidade local não fica para trás. De acordo com a CPFL Piratininga, devido às altas temperaturas, o consumo de energia na região de Jundiaí, de janeiro a agosto de 2024, foi aproximadamente 4% superior à média registrada na mesma época do ano anterior.
No Brasil, desde outubro de 2023, o registro de consumo de eletricidade vem tendo recordes. No primeiro trimestre deste ano, o consumo de eletricidade no país aumentou 7,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. O maior índice de aumento, 12,3%, foi na classe residencial. As classes comercial e industrial também tiveram expansão relevante, de 8,4% e 3,8%, respectivamente, segundo boletim da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Governo Federal.
Nas residências, a alta de 12,3% no primeiro trimestre, na comparação a igual período de 2023, representou consumo total de 46.242 Gwh de energia elétrica no país. Este foi o maior valor consumido pela classe num trimestre desde o início da série histórica em 2004, superando o recorde do trimestre anterior.
A alta do consumo de energia elétrica da classe residencial no primeiro trimestre do ano foi, em grande parte, motivada pelas ondas de calor e pelas temperaturas acima da média. Além disso, o aumento da posse de equipamentos de refrigeração desde o segundo semestre do ano passado, a elevação do número de consumidores residenciais e a melhora dos indicadores macroeconômicos, como emprego e renda, também favoreceram o crescimento do consumo da classe.
A energia da energia
Essa alta de consumo que acompanha a alta de temperaturas contrasta com um indicador. No Brasil, segundo levantamento do Ministério de Minas e Energia feito em 2021, cerca de 85% da produção é de fontes renováveis. O número é muito positivo se comparado a outros países, mas indica que cerca de 15% da produção ainda é de fontes não renováveis, sendo as queimas de combustíveis as principais, o que gera poluentes na atmosfera e, consequentemente, faz com que as temperaturas aumentem em decorrência do efeito estufa.
Hoje, a bandeira tarifária da conta de energia é a vermelha, a mais cara, por causa da estiagem que atinge o Brasil e afeta a principal fonte de produção energética do país: as usinas hidrelétricas. Segundo a CPFL, para ajudar a reduzir o valor da conta de luz, há algumas dicas práticas e eficazes:
- Aproveite a iluminação natural sempre que possível. Abra cortinas e persianas para permitir a entrada de luz solar, reduzindo a necessidade de acender lâmpadas;
- Opte por eletrodomésticos com selo de eficiência energética. Eles consomem menos energia e podem gerar uma economia significativa a longo prazo;
- Utilize a opção de temperatura “verão” no chuveiro elétrico. Isso pode reduzir o consumo de energia em até 30%;
- Posicione a geladeira em um local ventilado e sem exposição à luz solar. Evite deixar a porta aberta por muito tempo;
- Eletrodomésticos antigos podem consumir mais energia. O maior consumo é do ar-condicionado antigo, com baixa eficiência;
- Limpe os filtros do ar-condicionado regularmente e ajuste a temperatura para um nível confortável, mas não excessivamente frio.